Andréa de Paula*
*aluna do primeiro período de zootecnia
As abelhas possuem uma sociedade com auto nível de organização. Os indivíduos são tão comprometidos com a colmeia, que por instinto colocam a sobrevivência da colmeia acima de sua própria.
A sociedade se caracteriza pela divisão do trabalho e pela grande solidariedade entre os membros. O compromiço é tanto que o corpo dos indivíduos está modificado e adaptado de acordo com as funções que realizam. Assim é possível encontrar na sociedade de mesma espécie indivíduos com características diferentes, esse fenômeno é denominado poliformismo morfológico.
As operárias, são fêmeas estéreis com ovários atrofiados. Elas vivem cerca de um mês e são as únicas que possuem aparelho bucal e patas especializadas para a colheita de pólem. São encarregadas também de colher o néctar das flores, alimentar as larvas, produzir a cera para construir a colmeia, conservar e limpar.
A rainha é a fêmea fértil, sua função é garantir reprodução, ela pode viver de cinco a dez anos e colocar cerca de mil ovos por dia. Com apenas alguns dias de vida, a rainha realiza o voo nupcial, onde é fecundada por um ou mais zangões, os machos.
Os zangões ficam na proteção da colmeia e sendo alimentados pelas operárias até o voo nupcial, depois são expulsos. Como possuem aparelho bucal pouco desenvolvido são incapazes de colher o próprio alimento e acabam morrendo de fome.
Após o voo nupcial é importante que milhões de espermatozoides fiquem armazenados vivos por alguns anos no sistema reprodutor da rainha. Quando fecundam, os óvulos resultam em ovos que originam larvas femininas e quando os óvulos não fecundam, se desenvolve por paternogênese e originam zangões.
Nos dois primeiros dias de vida, todas as larvas são alimentadas por uma secreção produzida pelas operárias jovens(geléia real). Larvas que são destinadas a se desenvolver em operárias e em zangões, passam a ser alimentadas com mel e pólem, as que se desenvolverão em rainhas continuam a receber geléia real. A primeira rainha que nasce elimina as outras, ficando uma por colmeia.
Ocorre o chamado enxameamento quando a sociedade está muito grande, a rainha antiga e parte das operárias abandonam a colmeia e vão fundar uma nova. A colmeia original permanece com larvas que vão criar uma nova rainha.
Se acompanhado uma colmeia de perto, será possível estudar toda a formação e o desenvolver da sociedade. Um bom começo para conheçer não só o funcionamento da sociedade, como também criar interesse para conhecer a cultura desses insetos.
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