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sábado, 10 de setembro de 2011

ABATE HUMANIZADO

Cynthia Soares Ribeiro*

cynthiapopy@hotmail.com

*Estudante do 1º Período de Zootecnia - UFRPE


Quando se inicia o curso de zootecnia, abre-se um leque imenso de possibilidades de carreira a se seguir. Porém, em qualquer desdobramento dessa área, ter-se-á que lidar com o processo de abate animal, um fator extremamente desagradável.

Ora, que será preciso o sacrifício animal, todo graduando sabe. No entanto, onde está o ponto em fazê-lo de maneira agressiva e desrespeitosa? Para que tanta crueldade?

Hoje, no Brasil, já existem algumas iniciativas no que se refere à prática do abate humanizado, que consiste, basicamente, no respeito que se deve ter com o animal que nos servirá de alimento desde a propriedade rural onde ele se desenvolve, até o momento em que será sacrificado nos frigoríficos.

Tem-se chegado à conclusão, cada dia com mais certeza a partir de pesquisas nessa área, que todo o desgaste emocional e físico causado pela má acomodação dos animais, más condições de transporte e violência dos tratadores, bem como, a crueldade na hora do abate causam uma perda considerável na qualidade da carne devido às dores, contusões e hematomas que são infligidos ao animal.

Um outro ponto, não menos importante, é o método de abate propriamente dito. Embora já haja lugares em que se faça diferente, ainda se vê muito por aqui essa prática sendo feita por meio de uma forte pancada na cabeça do animal, com ele consciente de tudo o que ocorre. O sofrimento é indescritível, porque esse animal agonizará até a morte, que nem sempre se dá de maneira instantânea.

O que impede de sedar o animal para que ele não sinta dor? Devemos respeito ao animal e o mínimo que podemos fazer é garantir que todo o processo de abate se dê com o mais baixo grau de sofrimento possível. O ideal seria uma conscientização para que a indústria passasse a olhar o animal com outros olhos. Garantir um bom desenvolvimento, num ambiente adequado, com pessoas capacitadas seria, talvez, o primeiro passo para uma reviravolta nesse quadro.

http://www.boiapasto.com.br/cadeia-produtiva/manejo/metodos-de-humanizacao-na-hora-do-abate-trazem-maior-bem-estar-e-menos-sofrimento-aos-bovinos/

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